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Cardeal Amato: debate teológico faz bem, mas de modo respeitoso

Foi aberto ontem (24/11) em Roma, na Pontifícia Universidade da Santa Cruz, o Simpósio internacional promovido pela Fundação vaticana Joseph Ratzinger-Bento XVI com o tema: “A escatologia, análises e perspectivas”.

Ao término do Simpósio, amanhã, dia 26, no Palácio Apostólico, será realizada a cerimônia do Prêmio Ratzinger, quase uma espécie de “Nobel da teologia”, por assim dizer. O Prêmio será entregue pelo Papa Francisco a Inos Biffi – teólogo de longa e fecunda carreira – e a Ioannis Kourempeles – professor ortodoxo grego.

Os trabalhos do Seminário foram abertos com uma conferência sobre os Santos e a escatologia, feita pelo prefeito da Congregação das Causas dos Santos, Cardeal Angelo Amato.

Em entrevista à Rádio Vaticano, o purpurado – ex-colaborador de Joseph Ratzinger na Congregação para a Doutrina da Fé – detém-se sobre o pensamento teológico do Papa emérito, sobre o amor de Francisco pela teologia dos Santos e sobre o debate entre teólogos acerca de alguns pontos do Magistério do Papa Francisco:

Cardeal Angelo Amato:- “O Cardeal Ratzinger, que foi também um grande pastor, é alguém que refletiu muito sobre as realidades fundamentais da fé e não somente sobre a escatologia, mas também sobre realidade a realidade cristológica, sobre a Trindade, sobre a Sacramentária… Portanto, o Cardeal Ratzinger, como teólogo profissional, muito aprofundou estes aspectos e muito valorizou a teologia dos Santos, porque ele cita – em suas obras – muitas vezes os grandes Santos, que foram excelsos, eminentes, tanto por doutrina quanto por como explicitaram, ilustraram, e articularam também a Doutrina Católico em seu tempo.”

RV: Hoje se tem, às vezes, a sensação de que haja um debate muito polarizado, inclusive no seio da comunidade de teólogos, sobre alguns pontos em particular do Magistério de Francisco, Pensemos, por exemplo, na Amoris laetitia… Bento XVI e o Papa Francisco dão uma indicação de sentido diferente nisso, de uma possibilidade, de raciocínio absolutamente franco, direto, inclusive científico, mas menos polarizado como, por vezes, possa parece?

Cardeal Angelo Amato:- “O debate faz parte do ser humano: pergunta e resposta! A realidade deveria ser a de continuar o debate, porém, no respeito recíproco e, sobretudo, utilizando os talentos das respectivas posições, os pontos fortes. O debate segue adiante assim e deve haver o debate! Não diria polarizador, porque – ao menos de minha parte – não vejo essa polarização, porém, sem dúvida, o debate é útil, porque as posições podem ser sempre mais integradas e podem ser sempre mais melhoradas.”

Por Rádio Vaticano

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