Fundador e Cofundadoras
Frei Nicolau Leurs, nasceu em Renânia, Alemanha, em 1870. Com 24 anos entrou para a Ordem dos Frades Menores naquele país. Ainda professo simples, em 1894, viajou para o Brasil como missionário.
Em setembro de 1895, fazia sua profissão solene e, logo a seguir, era ordenado sacerdote. Com frei Nicolau, no dia 10 de julho de 1894, chegavam ao Brasil outros 48 frades, entre clérigos, irmãos e professos.
Os primeiros anos nas novas terras foram de dura provação. Acometido pela febre amarela, que vitimou muitos jovens frades alemães nos conventos de Olinda e Recife, Frei Nicolau sobreviveu, mas levou para o resto da vida as sequelas da doença.
Confiança na Divina Providência
A mudança de país, deixando sua terra e vindo para uma terra estrangeira, ainda jovem, mostra sua confiança em Deus, a disponibilidade e abandono, sendo obediente ao projeto de Jesus.
Os textos históricos mostram que, mesmo passando por dificuldades, se manteve firme durante toda a sua vida. Ao ser enviado para uma missão, aceitava de bom grado, obedecia e confiava na Divina Providência.
Quando chegou em Quissamã, a sua confiança na Divina Providência foi percebida pelos moradores e levantou em medida extraordinária o espírito religioso e reacendeu a fé dos paroquianos. Pela palavra e pelo exemplo, seu testemunho trouxe muitas pessoas para Deus.
Testemunho
Sua austeridade elevava cada vez mais o desejo das pessoas de se aproximarem de Deus. Isso porque tinha uma vida digna, reta, simples, sem complicações e com piedade.
Em Amparo, na Igreja São Benedito, ocupou o púlpito na festa do padroeiro, mostrando também ao povo que era um exímio pregador.
As qualidades de Frei Nicolau, como zelo, piedade, tino, passam pela escuta de quem é pacificador. Dessa forma, gerava boas relações fraternas, mostrando o espírito franciscano, presente durante toda a sua vida.
No seu necrológio, aqueles que o conheceram, testemunham seu zelo na cura d’almas e nos deveres assumidos na profissão religiosa. Nos seus últimos anos, diz-se que “com admirável regularidade cumpria os deveres da vida religiosa. Era um homem concentrado e amigo da oração. Muitas vezes visitava o Santíssimo Sacramento. Não largava o rosário. Suas práticas eram conscienciosamente preparadas”.
Em Blumenau (SC), onde passou seus últimos dias, diz o cronista que Frei Nicolau “revelou-se, aos que não o conheciam, uma alma bem franciscana, reta e simples, sem complicações, dele não se ouvindo uma palavra que pudesse ferir a caridade fraterna. “Não se ouviu uma queixa sequer contra algum confrade”. Faleceu no dia 12 de maio de 1942, data que o Instituto celebra sua memória como fundador.
Herança espiritual
Frei Nicolau, em conferência com as irmãs, do dia 12 de agosto de 1929, diz: “… como diz São Francisco, que é coisa grandíssima ter confiança em Deus, ter um verdadeiro amor filial, e dizer: Eu confio em vós”.
Apesar de viver num contexto em que a vida dentro dos claustros se caracterizava, muitas vezes, pela rigidez, as pregações de Frei Nicolau transparecem elementos muito próprios de uma espiritualidade mais humana e misericordiosa.
Frei Nicolau fala de um Deus misericordioso e quer que as irmãs assimilem isso, e demonstra que compreende a importância do bem que elas estão fazendo às crianças. E salienta ainda que o mais importante para ele é a intimidade que a irmã deve ter com Deus.
Cada pessoa tem uma vocação a viver neste mundo, mas é preciso descobri-la, pois como diz nosso Fundador:
“Todos os seres criados por Deus, devem seguir a sua vocação, e deve haver perfeita harmonia com a vontade de Deus.”
(Frei Nicolau Leurs, OFM)
COFUNDADORAS
Irmãs Agnela de São José, Maria Egídia da Conceição e Messias Catarina do Céu são consideradas as cofundadoras do Instituto. As três foram muito importantes na época da fundação e na caminhada posterior do Instituto.
Madre Agnela foi nomeada como superiora geral em 1940 – cargo no qual permaneceu por muitos anos; tinha espírito de liderança e foi decisiva no compromisso com a espiritualidade franciscana. Ela foi a guardiã zelosa do Instituto.
“Dar muito amor aos pobres, às crianças.” (Madre Agnela)
Ir. Maria Egídia foi mestra de noviças e transmitiu o jeito de ser franciscano às suas formandas. Ela foi a grande incentivadora da espiritualidade franciscana.
“Para atingir a perfeição Jesus espera da alma eleita fidelidade às coisas insignificantes como as de maior importância para lhe agradar.” (Ir. Maria Egidia)
Ir. Messias, de grande piedade e cultivadora do saber, sempre trouxe Deus em seu ser, em suas palavras e ações, cultivou o mais puro amor zeloso pelo sagrado.
“Meu Deus, purifica meu corpo e santifica minha alma.” (Ir. Messias)